Maria Helena aderiu em 2004 ao jogo on-line baseado na interação.
Avó de seis netos, ela enfrenta desconfiança quando diz idade no game.
Maria Helena Magalhães Rocha brinca que vai entrar para o livro “Guinness” dos recordes como a jogadora mais velha de “Ragnarök”, um game on-line que reúne milhões de jogadores -- principalmente adolescentes -- em todo o mundo. Aos 60 anos, a dona de casa, mãe de cinco filhos e avó de seis netos vê o jogo como um ótimo passatempo e afirma que ele ajuda até a pegar no sono nas noites quando não consegue dormir.
Lançado em 2001 pela sul-coreana Gravity, o Ragnarök Online é um jogo baseado na mitologia nórdica e chegou oficialmente ao Brasil em 2004. O título se encaixa na categoria MMORPG (massively multiplayer on-line roling playing game), que permite a interação em tempo real, via internet, entre diversos jogadores. Cada personagem (avatar) do jogo representa uma pessoa em frente à tela do PC, que pode conversar com outros jogadores via chat e definir os rumos de sua história virtual.
Influenciada pelo filho mais novo, hoje com 29 anos, Maria Helena entrou nesse universo em 2004, assim que surgiu a alternativa em português, e desde então não parou. “Meu marido e meu filho não acreditam que eu ainda jogo. Não enjoei porque estou sempre mudando de mundos, não fico muito tempo parada lá dentro. A única coisa que cansa é a música, muito repetitiva, e por isso eu tiro o som. No dia em que enjoar de vez, vou parar”, conta.
Recompensas
A dedicação ao MMORPG teve muitas recompensas virtuais. No servidor oficial do Ragnarök Brasil, Maria Helena diz ter atingido seu objetivo: chegar ao nível 99, que representa o máximo da evolução, e renascer no jogo como aprendiz (para esta nova jornada, ela ganhou novos poderes e habilidades). Já no servidor alternativo Wodro, chegou ao topo do ranking entre os jogadores que mais conseguem abrir baús para coletar objetos.
Por conta do sucesso no Wodro, onde usava o apelido Very Evil Girl, Maria Helena afirma que teve de dar fim à personagem. “Assim que eu entrava, todo mundo vinha me pedir dicas. Ficou difícil jogar e, então, tive de criar outra bruxa”, diz ela, que não revela o nome de sua nova personagem no Wodro. “Se eu contar, vai começar tudo de novo.”
Além do servidor oficial no Brasil, da Level Up, a jogadora também está cadastrada em outros três servidores alternativos: cada um representa um único mundo, com suas próprias regras, rankings e premiações (virtuais, claro).
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